10 curiosidades sobre Edward Hopper
Edward Hopper é mundialmente conhecido pelas suas pinturas realistas, ainda que assentes numa visão muito própria da solidão contemporânea.
Descubra 10 curiosidades sobre o pintor e aguarelista americano.
10. Primeiras pinturas
As primeiras pinturas de Edward Hopper foram arquiteturas e paisagens urbanas tipicamente americanas, fachadas de prédios, ruas e praças praticamente vazias, bombas de gasolina em estradas isoladas, recriadas em paletas muito escuras. Apresar de ter procurado, num período da sua produção, recorrer a tons mais claros, típicos dos impressionistas, acabou por regressar aos semblantes carregados, onde se sentia confortável.
9. Inspiração para as suas criações
Hopper passava a maioria do (pouco) tempo em que estava fora do seu estúdio, situado na Washington Square, em Nova Iorque, a observar e desenhar cenas de cafés e da rua, bem como a assistir a ópera e teatro.
8. Casou-se com uma artista
Em 1923, Edward Hopper casou com uma antiga colega da NY Academy, Josephine Nivision. Servindo como musa inspiradora do artista americano, Jo foi modelo de praticamente todas as figuras femininas das suas obras. A mulher que toma uma chávena de café sozinha (Automat, 1927), a mulher sentada na cama a olhar fixamente pela janela (Morning Sun 1952), a mulher sentada no comboio a ler um livro (Chair Car, 1965), Jo Hopper era todas estas mulheres, e nenhuma delas.
7. Passou anos sem conseguir uma exposição
Só aos 37 anos, e com a ajuda de Josephine, já reconhecida no meio artístico da época, é que Edward Hopper recebeu o primeiro convite para expor seis das suas aguarelas no Brooklyn Museum (1923). Uma das aguarelas foi adquirida pelo Museu para a sua coleção permanente, sendo a segunda pintura que o artista vendeu em 10 anos. Apesar disso, o trabalho de Hopper tornou-se rapidamente notado, tendo atingido aos 41 anos grande reconhecimento.
6. A influência na pintura
Quando Jo e Edward Hopper se juntaram, começaram a produzir uma influência curiosa na produção artística mútua: Tendo transitado de uma paleta de tons muito escuros para tons mais brilhantes, tipicamente utilizados pela sua mulher, Edward Hopper começou finalmente a ver o seu trabalho apreciado e a conquistar sucesso. Já Josephine, que começou a reproduzir nas suas pinturas o estilo de Hopper, perdeu todo o reconhecimento. Ainda que não tenham tido descendência, Josephine referia-se habitualmente às pinturas do marido como as suas “crianças”.
5. Primeiro artista no Museum of Modern Art
A obra ‘House by the Railroad’, uma pintura criada em 1925, foi o primeiro trabalho adquirido pelo recém-aberto ao público, Museum of Modern Art.
4. Serviu de inspiração para Hitchcock
‘House by the Railroad’ representava uma casa isolada em frente a um caminho-de-ferro. Sendo um cinéfilo assumido, o artista transpunha para as suas paisagens o mistério e o suspense do grande ecrã. Mas o contrário também acontecia: Em 1960, esta obra inspirou Alfred Hitchcock na criação do Hotel Bates do thriller “Psicose”.
3. Serviu de modelo às suas pinturas
Numa das obras mais conceituadas do pintor americano, Nighthawks, Edward e a sua esposa servem de modelos. As duas figuras masculinas sentadas no restaurante foram baseadas no pintor, tendo Josephine pousado para a criação da figura feminina ruiva. Numa carta que Josephine enviou à sua irmã pode ler-se “Ed terminou agora uma pintura muito boa – um restaurante, à noite, com três figuras. Night Hawks seria um ótimo nome para ela. O E. posou para os dois homens num espelho e eu para a rapariga. Ele esteve cerca de um mês e meio a trabalhar nesta pintura.
2. Nighthawks é uma obra de grandes dimensões
A ideia de que a obra Nighthawks é de pequenas dimensões é absolutamente errada. Na verdade, a pintura tem 84 cm x 1,52cm.
1. Todas as obras foram cedidas ao Whitney Museum
Quando em 1968 Josephine faleceu, cedeu todas as obras de Edward Hopper ao Whitney Museum – mais de 3000 trabalhos no total. Até há pouco tempo, pensava-se que todos os trabalhos de Jo teriam sido destruídos mas, recentemente, foram encontrados mais de 200 obras da autora nos arquivos do mesmo Museu.