Destino: Rio de Janeiro
Arrancam hoje oficialmente os Jogos Olímpicos Rio 2016, com as expectativas de que a cerimónia de abertura atraia mais de 500 mil turistas ao Rio de Janeiro.
Bem sabemos que em 19 dias de competição, numa disputa de 42 modalidades, pouco será o tempo do seu dia não dedicado às práticas desportivas. Mas, se o seu destino destas férias for a terra dos cariocas, sugerimos que encontre um espacinho na agenda para algumas exposições que se vai arrepender se não visitar.
Guia para as melhores exposições
. Sebastião Salgado
(28 julho a 03 setembro 2016)
Com 30 imagens, a mostra faz um apanhado de importantes momentos da obra do aclamado fotógrafo brasileiro, desde os anos 1970, quando iniciou a sua carreira na França. O ponto de partida são quatro fotos feitas na América Latina entre os anos 1970 e 1980, série que deu origem ao seu primeiro livro, “Outras Américas” (1986). Nesta exposição, é igualmente possível encontrar fotografias de ‘Êxodos’ (2000), o projeto que Salgado levou a cabo sobre os refugiados e os efeitos do genocídio e de ‘Gênesis’ (2013), o resultado de viagens por regiões do planeta ainda intocadas pelo homem.
. Em polvorosa – Um panorama das coleções do MAM Rio
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
(30 julho a 06 Novembro 2016)
A exposição procura partilhar com os visitantes os destaques do acervo do Museu de Arte Moderna, com obras de mais de 100 artistas brasileiros e estrangeiros. Para além das produções de nomes como Pollock, Keith Hering, Brancusi, Giacometti, Lucio Fontana, Henri Moore, Rodin, Alexander Calder, Joseph Albers, Barry Flanagan, Vitto Acconti, Antonio Dias, Cildo Meireles, Nelson Leirner, Ivens Machado Waltercio Caldas; Antonio Manuel, José Damasceno, Artur Barrio, Regina Silveira, Willys de Castro, Hércules Barsotti, Lygia Clark e Hélio Oiticica, os curadores tiveram ainda a preocupação de querer mostrar a magnificência do edifício, retirando todas as divisórias entre os espaços.
. Os Jogos da Antiguidade | Grécia e Roma
(27 julho a 02 outubro 2016)
Compilando cerca de 60 obras, algumas delas com mais de 2500 anos, de 10 das maiores coleções italianas e gregas, a exposição centra-se na história dos Jogos Olímpicos na Grécia e em Roma. Entre esculturas de atletas, objetos e mosaicos que retratam cenas desportivas, o visitante pode compreender em maior detalhe os fundamentos da tradição ocidental de representação dos desportos.
. A Emergência do Contemporâneo: a Vanguarda no Japão, 1950 – 1970
(14 julho a 28 agosto 2016)
Em exibição pela primeira vez no Brasil, a mostra incide sobre a arte do período pós-guerra no Japão, entre os anos 50 e 70, até ao auge da economia japonesa. 70 obras, de artistas de vanguarda japoneses como Kazuo Shiraga, Yoko Ono, Yutaka Matsuzawa e Kishio Suga, em consonância com temáticas como a arte e o seu envolvimento social ou a intervenção urbana.
. A cor do Brasil
(02 agosto 2016 a 15 janeiro 2017)
A exposição coletiva traça a trajetória da arte brasileira desde o período colonial até o século XXI. Em mostra, mais de 300 peças vindas de instituições brasileiras, da argentina e do mexico, que cederam parte dos seus acervos para contribuir para mapear a evolução dos movimentos artísticos do país. A curadoria da exposição ficou a cargo de Paulo Herkenhoff e Marcelo Campos.
. Cidade Jacaranda
(23 julho a 25 setembro 2016)
A mostra, que fica em exibição durante todo o período dos jogos Olímpicos e Paralímpicos, procura mostrar as obras de artistas como Carlos Vergara & Zanini de Zanine, José Bechara, Afonso Tostes, e Iole de Freitas, numa espécie de cruzamento poético entre si mesmas e o edifício que as acolhe. Jacaranda é uma plataforma crossmedia de divulgação da arte contemporânea brasileira.
. Quem é o Homem do Sudário?
Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro
A exposição internacional regressa novamente ao Rio de Janeiro após quatro anos de viagem pelo Brasil. Até novembro, é possível acompanhar a reconstituição da trajetória do Sudário de Turim, o pano que supostamente teria envolvido Jesus Cristo, com recurso a réplicas e elementos arquitectónicos e históricos.
. Esporte Olímpico: Memória e Ciência
Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS
Dividida em três “Arenas Olímpicas”, a exposição propõe uma interação lúdica e com o equipamento da coleção do Museu e com novas tecnologias desenhadas para o espaço, como uma pista de atletismo onde é possível testar-se velocidade e rapidez de reacção. É igualmente possível experimentar de que forma reage o corpo humano a determinados movimentos, cruciais para o sucesso dos atletas, e como é que as leis da física podem ser um grande aliado na superação de limites.
. Julio Plaza Indústria Poética
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
Esta exposição dedicada ao artista espanhol Julio Plaza, parte da participação ativa do mesmo no meio académico a partir de 1973, ano em que se mudou definitivamente para o Brasil. No Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paul a sua obra encontra-se mais em ideias e projetos do que nas coleções tradicionais. Relacionando arte, tecnologia e comunicação, da fotografia e vídeo, passando pelo videotexto e pela holografia, a sua investigação artística procurava definir os limites dos dispositivos tecnológicos de tradução na arte, numa era pré-internet.