A obra apresenta-nos espaços de contemplação e aprazimento, em superfícies ritmadas de linhas e texturas onde é promovida uma maior componente sensorial, eminentemente tátil, resultante da pintura integrada com a construção têxtil.

É construída essencialmente em tecido de algodão, onde este é manipulado, costurado à máquina, criando diferentes texturas, como pregas em zig-zag de 1 cm, pregas simples e nervuras.
A pintura a óleo, num azul entre o cobalto e o ultramarino que para a autora representa conforto, tranquilidade, confiança e espiritualidade, contrasta com umas fortes e vivas linhas de cor cereja. É uma pintura monocromática, com suaves transições tonais e algumas transparências, onde o que predomina são as diferentes consistências de tinta e as manchas resultantes da gestualidade e expressividade da ação.