Educação
Licenciatura em Artes Plásticas-Pintura
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
1990 -
1996
Mestrado em Educação Artística
Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
2004 -
2007
Doutorado em Arquitetura (Tese sobre Desenho)
Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa
2009 -
2018
DESENHAR A INDEFINIÇÃO DE UMA ARQUEOLOGIA DE SI
Galeria Porto Oriental
2023
SOB(RE) O PROCESSO
Criar: construir destruindo e reconstruindo / criar desequil íbrio para o retorno
a um equil íbrio origin ário / recorrer a o T ânatos para a criar condi ções de
imers ão /emers ão na /da ess ência do Eros
Nesta reflexão, colocar-me-ei como observador de mim mesmo, num sentido
retrospetivo. Ou seja, procurarei pensar “sobre o meu processo criativo”,
colocando-me como espectador, como outro eu sobre mim próprio. Mais
concretamente, tentarei objetivar o antes subjetivo, ou fixar por palavras aquilo
que flui(u) processualmente através de imagens.
Segundo uma abordagem ontológica, poderíamos analisar o processo
criativo (e o seu desenvolvimento) sob uma certa intencionalidade subjacente
ao ser(-se) do artista. Neste âmbito, assumiria, desde já, que “eu sou” processo,
não me imponho sobre ele, nem ele se impõe sobre mim. Ou melhor, ainda que
eu seja gestor do processo, este também me gere, por efeito de uma dialética
– eu/não eu, autor/obra, ação/pensamento/representação.
Memórias dos lugares de desencontro e reencontro
Galeria Pintor Fernando Azevedo, Sociedade Nacional de Belas-Artes de Lisboa
2022
Os lugares que visitamos são tantas vezes, tristemente, espaços de desencontro ou de
inexistência dos encontros desejados. A motivação para um reencontro com esses lugares
entre si não é senão a vontade do reencontro com o lugar de si mesmo, cuja configuração
procuramos redesenhar infinita e irreversivelmente.
O desenho delineia os percursos da insistente vontade de reencontros com o si mes-
mo, embora tantas vezes persista a racionalidade do seu desencontro. Mas é este desvio
de si que causa a sagacidade de um encontro sensível. E ainda que o lugar deste possa
ser a irrealidade de uma fantasia, será a realização expressiva da sua representação a
convocar o si à sua consciência sensível. Sendo que esta consciencialização se vê poten-
ciada pela exteriorização de uma ambiguidade real/irreal, quando a razão in-tencional se
oriente para a sua reconciliação com a sensibilidade dis-tencional.
Memória e Aparecimento
Galeria Lapso, Setúbal
2022
Memória e aparecimento coloca em articulação as práticas artísticas de Luís Filipe Rodrigues e Jónatas Rodrigues, propondo traçar relações e conexões entre o trabalho de ambos. Partindo de uma aproximação pela espacialidade, pelos elementos físicos, dinâmicos e estáticos, surgem relações profundas que vão para além da visibilidade, quer através de experiências mais ou menos deambulatórias, sugestivas de espaços vividos e territórios conhecidos, quer por perceções sensíveis em torno da materialidade e da sua ausência. Claudia Freitas
As memórias em diálogo
Peculiargallery (Porto)
2022
Numa certa navegação, onde os mapas se transfiguram por direções cujo caos tem origem na sensibilização da razão, a corrente do fluxo é determinada pela irracionalidade da ordem do instinto de criação. O destino dessa navegação consolida-se na racionalidade da materialização da forma à vista. Mas esses caminhos vão-se desordenando pela indeterminação dos ventos do não eu, e só a procura de um afeto do/sobre o eu conjugará, em si, o racional e o irracional, o consciente e o inconsciente, a agressão e o afeto – convergindo para o vórtice onde, na realidade, sempre coexistiram os opostos numa simbiose indiferenciada; onde o diálogo é somente o meio de recordar.
Acreditemos que no Início, tudo era uno, harmónico e equilibrado; depois, à luz da razão, tudo se converteu num caos, que, numa certa metafísica, tem subjacente uma ordem primordial, intrínseca e inexorável que é energia que o (re)configura.
A procura de um (sem) sentido
Museu Municipal de Faro
2021
A PROCURA DE UM (SEM) SENTIDO (IR)REPRESENTÁVEL, desenhos de Luís Filipe Rodrigues, patente a partir do dia 14 de agosto.
"A criação artística como procura de ordem, não a partir da desordem, mas através da reordenação. Uma ordem, não da forma, mas da informalidade do sentimento. O desenho como exploração, não para representar a forma pré-definida, mas como redefinição da forma de explorar o pensamento visual. Uma redefinição, não do significado, mas do modo de o revelar.
O processo gráfico desenvolvido, não na base do caos de um princípio originário, mas como estruturação de um imaginário completamente livre. Uma liberdade, não de desapego, mas de procura de apego. O pensamento sobre e através da forma, não como meio de a reconhecer, mas para conhecer(-se). Um conhecer-se, não do ser, mas do sentimento do ser. Expressão de uma sensibilidade, não à estética, mas à descoberta de uma sensibilidade afetiva à consubstanciação da imagem (de si).
A linha do pensamento e o pensamento da linha
Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha
2018
A linha do pensamento e o pensamento da linha
Desenho, para pensar, mas penso sentindo.
O desenho mapeia o pensamento
E o pensamento mapeia o sentimento.
Delineiam-se cadeias,
Cada linha desencadeia o pensamento,
Cada pensamento delineia a linha que con-sente.
Eis que surge a imagem que o pensamento estruturou,
Surge a estrutura que o pensamento imaginou.
Aqui subjaz a imagem,
A imagem que a imaginação procurou
Na margem que o negro apagou.
A margem,
O além para onde olho,
A margem inconsciente,
Uma imagem invisual.
Um olhar sem pressa.
Um olhar que não quer encontrar,
Quer procurar,
Quer imergir no fundo do criar,
Onde está o in e o visual,
O mundo dual.
Numa linha de pensamento,
Não preto-no-branco,
Mas branco-no-preto,
Pensamento na linha,
E a linha no pensamento.
A linha que eu pensei
Ou a linha que me pensou.
Sombras inorgânicas das silhuetas de um organismo celular
GALERIA MUNICIPAL DA LOURINHÃ
2020
Na sequência destes desenhos, procura‑se a exploração de silhuetas como se as mesmas fossem inscritas nos limites de um olhar microscópico sobre formas celulares e respetivo contágio contínuo. Trata‑se de imergir num mundo omnipresente, e, no entanto, invisível, da vida das células na transformação criadora. Acerca desta, imagina ‑se o que na nossa imaginação não cabe senão com referência à inteligibilidade da análise científica. Porém, tudo isto se possibilita, independentemente de sua razão científica, num desenho em que só se represente a projeção sensível da sombra, da configuração dos indícios, de uma relação sensível com a atividade, impercetível mas, física. O resultado: uma síntese em que se nivela a complexidade orgânica, através de uma recriação inorgânica. O caminho para esse resultado: a evolução de uma (re)criação cujo fluxo seja uma expansão.
A Paisagem que me representa
Covilhã
25/11/2021
Curadoria da Residência Artística, no âmbito do Pós-doutoramento em Media Artes, na Universidade da Beira Interior, Faculdade de Artes e Letras - no contexto do Simpósio Montanha Mágica, cuja realização decorreu entre 5 e 25 de novembro.
Desenho, Criação e Consciência
Livro: Desenho, Criação e Consciência
Luís Filipe Salgado Pereira Rodrigues
2010
Capítulo: “DAPHNE: Dialética entre o mito e a poética”.
Jardins-Jardineiros-Jardinagem. PIRES, Helena, MORA, Teresa, AZEVEDO, Ana Francisca de, BANDEIRA, Miguel sopas (eds.) (2014), Jardins - Jardinagem
Luís Filipe Salgado Pereira Rodrigues
2014
1º Prémio no Concurso de Artes Plásticas da Fundação Inatel (2015)
16/12/2015
“5° Prémio Fidelidade Jovens Pintores” da Agência de Seguros Fidelidade, Lisboa
Prémio-aquisição.
16/02/1998