Teria havido um texto, glifos, ou uma descrição levada numa sinfonia silenciosa. Um coração ardente, a onda, a matriz universal da qual brota o sal. Esses fantasmas, esses traços, todos nós sonharíamos com eles. O que tu gostarias de ter dito, mas que mergulhou de volta nas sinapses mais profundas da tua memória pouco antes da expressão. A composição vaza constantemente na trama de nossas referências, notas de rodapé que foram apagadas e das quais podemos adivinhar a curvatura das letras mais enfáticas. Resta o sentimento nascido da observação desses símbolos, desses atavismos universais, esse conto que os nossos ancestrais prodigiosos teriam nos contado. Estas são as melodias sussurradas, os diálogos intermináveis e as cartas a um amigo falecido, a quem o artista transcreveu nestas sete páginas do grande livro da humanidade, seus intervalos matinais e sua contribuição para o 22 de maio para a arte como uma necessidade.