Entre maiúsculas e minúsculas…

“A partir de hoje, a pintura morreu”, diz-se ter afirmado Paul Delaroche, ao ter conhecimento do aparecimento da fotografia.

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A inércia cultural faz com que se dê como definido o carácter das coisas: estas afirmam-se diante de nós através de um carácter lógico e objectivo, e de modos de pensar que se apresentam como naturais. No entanto, muitas vezes ao fazer uma análise mais profunda, encontramos que os pilares das nossas crenças não são tão firmes como pensávamos.
Que imagens são estas que se detêm perante os nossos olhos? Poderei considerar estas cianotipias, enquanto inscritas nos chamados processos fotográficos antigos, como pinturas? Será legítimo fazê-lo? Serão pintura e fotografia dois médiuns assim tão diferentes?