Rot pertence à série "Lomopaintings", que decorre a partir das teorias de Fukuyama e o seu "Fim da História". Este conceito, já defendido por Marx, herdeiro do pensamento hegeliano, argumenta que a direção do desenvolvimento histórico continha uma intenção específica, pela interação das forças materiais, e chegaria ao fim quando a utopia comunista fosse atingida.
A perda de direção e outras características fundamentais do pós-modernismo, como uma falta de fé nos sistemas políticos e religiosos, torna-se, na opinião do artista, uma sensação geral de nostalgia social e melancolia.
Este projeto une esses conceitos com o retorno das tendências passadas, tanto estética como tecnologicamente, mais especificamente com o renascimento da fotografia analógica. A abordagem analógica é aqui analisada pelo melhor sistema analógico conhecido, a pintura. O projeto é realizado usando uma série de pinturas a óleo que imitam a estética lomográfica e as suas distorções de imagem. Estas obras têm o seu tema em torno estética vintage, velhos cafés ou lugares abandonados em Berlim, que foram adaptados para várias utilizações. O "novo" estilo antigo presente em Spreepark, nas antigas fábricas comunistas, ou flohmark são reflexões perfeitas do gosto pela nostalgia e pelo passado. As personagens retratados nesta série estão, também, carregadas de melancolia, distraídas e desconfortável no momento, à procura de um refúgio numa utopia passado mais confortável.