Vivemos, actualmente, numa condição voyeurista em que é inerente observar o perfil do outro e, ao mesmo tempo, ser observado. É desta prática que surge “A vida dos outros II”, da observação. Não numa perspectiva de curiosidade face aquilo que acontece no interior e no ceio privado da habitação de...
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Vivemos, actualmente, numa condição voyeurista em que é inerente observar o perfil do outro e, ao mesmo tempo, ser observado. É desta prática que surge “A vida dos outros II”, da observação. Não numa perspectiva de curiosidade face aquilo que acontece no interior e no ceio privado da habitação de cada um, mas o que essas práticas constroem visualmente no exterior, acessível a todos.
O que ganha relevo é a composição lumínica que a senhora que espera o elevador, ou a mãe que vai deitar o seu filho provoca na imagem global do prédio. Interessa os pequenos ou grandes rectângulos amarelos que se criam, sempre que alguém está acordado. Todas estas pinturas de pequenas escala têm por base um registo fotográfico longo e exaustivo, em diferentes horas, e em diferentes dias, do mesmo prédio italiano de Bolonha.
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