A plasticidade do trabalho de Alejandro Casanova assenta numa paleta dominada por tons quentes, pela urgência da pincelada e pela crueza com que representa a mulher em contextos de intimidade. O belo interessa-lhe na medida em que expõe com delicadeza, e aspereza ao mesmo tempo, a expressividade da dor, do riso e da sensualidade. Este promissor artista espanhol, que em muito se aproxima das linguagens neoexpressionistas de matriz anglo-saxónica, surpreende-nos com a disrupção da sua linguagem, enquadrando o comum em cenários de influência pop ou mesmo kitsch.