Obra composta por um prato e chávena de porcelana dos quais emergem duas formas do corpo humano, feitas em porcelana fria. Do prato eleva-se um dedo rodeado de folhas e pequenos frutos e, da chávena, uma vulva ladeada por folhas e bagos. O título da obra remete o observador para o contexto das cerimónias de chá, tradicionais do Japão. A palavra cerimónia abrange o campo do rito, da solenidade e da etiqueta, ou seja, aponta para um certo modo de agir dentro de um determinado contexto. Na cerimónia do chá, quer o praticante, quer os seus convidados devem dominar os preceitos associados ao momento. Partindo deste contexto, nesta obra, o observador é convidado a olhar para o ato sexual como um espaço cerimonial, onde o erotismo e os preliminares são partes do rito. A vulva que flutua no líquido aromático e quente e o dedo fálico que se aproxima delicadamente sugerem os preâmbulos da experiência sexual.