«Levei quatro anos para pintar como Rafael, mas toda uma vida para pintar como uma criança.»
Pablo Picasso (Citado por Herbert Read em carta ao The Times, 1956).

Neste Amor da Pintura - título de livro que esta série também adotou - casam-se, estreita e repetidamente, cor e geometria.
A série, no seu conjunto, aparece como o triunfo de uma certa face do minimalismo [abstrato] – movimento e momento e categorização que se associa mais frequentemente à arquitetura mas também à pintura. Redução da pintura à cor – na realidade a sua essência, não esquecendo o espaço, a geometrização do espaço pintado onde essa essência se objetiva, tornando-se assim prazer do espetador e sujeito do juízo estético subjetivo que aspira à impossível universalidade do veredicto da ciência. Mas também a repetição e a variação de tonalidades – serão alguns índices visíveis de natureza minimalista que se registam nas telas.
António M. Ferro