Ensaia-se nesta série de pinturas conjugar cor e palavra, tendo como pretexto esse livro ímpar da literatura - mas mais do que isso da cultura portuguesa – que é a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, o que passa desde logo pela presença obsidiante do azul, no qual se inscreve a fatalidade de ser...
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Ensaia-se nesta série de pinturas conjugar cor e palavra, tendo como pretexto esse livro ímpar da literatura - mas mais do que isso da cultura portuguesa – que é a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, o que passa desde logo pela presença obsidiante do azul, no qual se inscreve a fatalidade de ser português, e do branco onde tudo se pode escrever e inscrever rasgando a tela ou o papel com a quilha da vela do nosso descontentamento-contente e sempre saudoso, e por tal sempre tão contrário.
Não se procura aqui ilustrar o texto mas apenas recolher e registar impressões coloridas, que ao mesmo tempo aspiram a poéticas provocadas pela leitura da obra, de mistura com alusões à narrativa mitológica e outros intertextos.
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