Fortemente inspirada em anatomia e na história da medicina Lucy Pereira resgata e apropria-se de imagens pertencentes a uma revista de medicina dos anos 60. Em "Pranchas Anatómicas” existe uma tentativa de quase reanimar estados ou condições do corpo humano mas que neste caso fazem parte do seu universo imaginário. Como entendemos e estudamos o nosso corpo desenvolveu-se bastante ao longo da Humanidade. Numa determinada época os modelos de cera foram uma das muitas técnicas usadas pelos anatómicos para transmitir conhecimento, educar e também atrair uma maior audiência. Oscilando entre a veracidade e a criação Lucy Pereira é influenciada por estes modelos de cera. Há uma reflexão sobre as nossas fragilidades e mutações procurando falar sobre a elegância e a brutalidade que se manifesta no nosso declínio e como encaramos a nossa mortalidade.