De todas as virtudes, e se virtude constitui, a pureza é talvez a mais difícil de apreender.
É uma evidência e um mistério, porque só o nada é puro, mas o nada, nada é.
A pureza não reside na ignorância ou na ausência de desejo, mas no desejo sem falta e sem violência, no desejo aceite, partilhado, que eleva e celebra.
É a doçura, a paz e a inocência do desejo, que nos permitem aproximar das coisas sagradas sem as macularmos e sem nelas nos perdemos.
É impuro tudo o que fazemos de má vontade, ou com uma vontade má.
A pureza não é uma coisa, nem mesmo uma propriedade do real, mas uma certa modalidade do amor.