Cada obra de Hugo Travanca constitui um exercício incessante na busca de um retrato psicológico de sua musa. Pintar exclusivamente de memória revela um caminho infinito em direção a uma perfeição inatingível, mas onde o coeficiente de evolução permanece sempre tangível. A cada pintura, o retrato ...
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Cada obra de Hugo Travanca constitui um exercício incessante na busca de um retrato psicológico de sua musa. Pintar exclusivamente de memória revela um caminho infinito em direção a uma perfeição inatingível, mas onde o coeficiente de evolução permanece sempre tangível. A cada pintura, o retrato se edifica por camadas, progressivamente mais densas e sólidas. Todavia, o resultado final expõe os limites da memória do autor em relação à natureza identitária da musa. Pintar e imaginar a musa significa construir um retrato diáfano de uma identidade, como uma simbiose entre a musa e o criador.
Pinceladas rápidas e espontâneas revelam o ímpeto de representar uma identidade oculta, uma visão distorcida do mundo real, pois a intenção não é expressar o físico, mas sim o invisível, tanto do autor quanto de sua musa. O resultado são rostos desproporcionados, carregados de camadas emotivas que refletem os sentimentos mais profundos do autor.
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