A doçura é uma virtude feminina, ou que aparenta sê-lo, ao ser uma coragem sem violência ou uma força sem dureza.
É em primeiro lugar uma paz real ou desejada e o que mais se assemelha ao amor, mais do que a generosidade ou que a compaixão. A generosidade quer fazer o bem aos outros; a doçura recusa fazer-lhes mal. A compaixão sofre com o sofrimento dos outros; a doçura recusa produzi-lo ou aumentá-lo.
É uma espécie de bondade natural ou espontânea e portanto um quase sinónimo de civilização.
A doçura só o é, nada devendo ao medo, visto que a não-violência, levada ao extremo, impediria de combater eficazmente a violência criminosa e bárbara. A não-violência só serve se eficaz. A escolha não é uma questão de princípio, mas de circunstância, porque há cóleras justas e necessárias, como há guerras e violências justificadas: a doçura o decide e dispõe.