Num plano transversal às séries apresentadas, enquadradas num espaço-tempo determinados, os seus padrões apresentam-se como a sua marca no espaço-público, que perseguem a continuidade do binómio experimentaçãopoesia e que traçam a sua geografia. Volker Schnüttgen é um escultor viajante e tem uma natureza ancestral. A sua obra transita de uma convocatória, na figuração inicial, próxima das Vénus rupestres (de Willendorf ou não) até ao que se aproxima da forma semiótica do megalitismo das antas ou dolmens. Da pré-história, onde alguns autores afirmam estar o princípio da Arte, o nosso artista reflete um quadro referencial sistémico. Interessa-lhe a forma original e a matéria. Interessa-lhe a génese, o princípio que vai à pedreira roubar interpretação poética pós-moderna.