Andam adultos modernos, por entre as covas dos braços, amestrando os leopardos como as lagartas. Exalando suor e perfume no mesmo fato, metade intelecto, metade vício. Uma comunidade com ausência de poesia nos órgãos vitais. Sentado sob o sol como cadeira de praia em água doce, por vezes perto de...
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Andam adultos modernos, por entre as covas dos braços, amestrando os leopardos como as lagartas. Exalando suor e perfume no mesmo fato, metade intelecto, metade vício. Uma comunidade com ausência de poesia nos órgãos vitais. Sentado sob o sol como cadeira de praia em água doce, por vezes perto de casa, por certo lançando uma suspeita, um anonimato cerebral, questiono se a imagem deverá ter palavras. A pergunta, o desaconchego do cidadão normalizado pela intriga no lugar do conhecimento. Sendo imagens sem figura humana, pelo menos de forma evidente, assumem os versos a função de as humanizar, quais imagens dum filme estático, sem actores, em que a mensagem é transmitida pelo próprio cenário. Há nostalgia: na arquitectura, na decrepitude, no tempo. Chamei-lhe “vídeo clube”.
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