Estudos de cor para unidade habitacional #2 surge como um objeto-pintura que transporta a pintura para o espaço real e a torna, efetivamente, e talvez finalmente, tridimensional. A pintura invade a arquitetura e torna-se volume contornável e experienciável, oferecendo ao observador a possibilidade de protagonizar ações como as de espreitar, inclinar-se, entrar, aproximar-se, percorrer. Trata-se, assim, de um objeto híbrido com uma relação aproximada e aprofundada com a linguagem da arquitetura ou com o espaço real, cuja dimensão pictórica continua a ser evidenciada através da cor. Na verdade, a cor, no meu trabalho, é utilizada como base do processo criativo e um elemento de composição fundamental na interação entre as linguagens pictórica e arquitectónica, bem como na nossa percepção da profundidade, do volume, da ilusão e do comportamento de objetos-pintura tridimensionais que mantêm uma conversa subtil com a arquitetura.