Ludgero Almeida elabora pinturas que actuam a partir do estudo das realidades históricas e da memória. Apoiando-se em arquivos, registros e fotografias, em memórias históricas ou afectivas, pretende pensar, criticar, actualizar e desafiar-nos a ver em perspectiva a contemporan...
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Ludgero Almeida elabora pinturas que actuam a partir do estudo das realidades históricas e da memória. Apoiando-se em arquivos, registros e fotografias, em memórias históricas ou afectivas, pretende pensar, criticar, actualizar e desafiar-nos a ver em perspectiva a contemporaneidade. Como se fosse dotado de um estroboscópio imaginário, ele percorre e revisita lugares, situações, memórias cristalizadas no quotidiano e no social, no colectivo e no indivíduo e, através da pintura, torna-os passíveis de serem observados. No entanto, essas apropriações resignificam as imagens do passado fazendo surgir produções ora historicamente localizadas - por terem sido retiradas deste ou daquele contexto - ora simbólicas e de um carácter difícil de situar no tempo, criando relações que, não sendo explícitas, geram camadas do sensível, complexificando a relação entre o real e o fictício.