"Exploração singular dos limites da representação das sensações estéticas e onde se destaca pela apropriação e proficiência numa linguagem pictórica com raízes no século XX. A estrutura pictórica nasce da exploração da mancha onde se intrometem e são incorporados movimentos e ...
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"Exploração singular dos limites da representação das sensações estéticas e onde se destaca pela apropriação e proficiência numa linguagem pictórica com raízes no século XX. A estrutura pictórica nasce da exploração da mancha onde se intrometem e são incorporados movimentos e imagens que a artista absorve da vivência urbana. As obras remetem para uma poesia plástica onde o silêncio da tela branca é substituído pelo ritmo musical com que pinta. Em Mindelis há um processo ético: as pinturas são a realidade sob a forma de temas para meditação, a sua exibição envolve os espectadores numa comunidade invisível e de afectos com a artista. A coexistência da pintura e da criação conceptual é evidente e necessária uma vez que Mónica Mindelis tem ainda um trabalho de exploração da forma e da mancha inacabado como é, por natureza, qualquer exploração estética plástica nas mãos de quem não se intimida com limites nem com o percorrer (re)criativo do caminho já por outros trilhados."
Cláudia Dias