Em 2018 passamos a ser zet gallery. Era esta a mudança que faltava ao projeto em que se pensam e promovem as artes visuais no contexto da espinha dorsal cultural do dstgroup.
No último ano, foram seis as exposições num caminho que começou com a fotografia de André Castanho Correia (n.1988), Gabriel Tizón (n.1973), Dimitri Mellos (n.1970), Ricardo Reis (n.1981), Miguel De (n.1992) e limamil (n.1973). BE A PHOTOGRAPHER foi um embate nos muros que queríamos destruir. Com Joana de Carvalho e Silva (n.1988) a pintura foi cinema, ilusão, visível e invisível, poesia dos lugares imaginados. Não mais deixaríamos de cruzar disciplinas artísticas e áreas do pensamento e com a escultura de Paulo Neves (n.1959) cruzámos cidade com uma exposição que ultrapassou os muros da galeria, povoou o Museu Nogueira da Silva e a Basílica dos Congregados. Miguel Neves Oliveira (n.1980), Ana Almeida Pinto (n.1982), João Carqueijeiro (n.1954) e o Grupo em Construção, Pedro Figueiredo (n.1974), Juan Coruxo (n.1961), Luís Canário Rocha (n.1986) e Raúl Ferreira (n.1975) ligaram-se à Feira do Livro de Braga e em 7 FORMAS POÉTICO-CASUÍSTICAS pensaram o objeto artístico a partir dos poetas e palavras. Em setembro acalmamos com a pintura de Alexandre Coxo (n.1987), André Lemos Pinto (n.1976), Fátima Santos (n.1983), Maria João Oliveira (n.1946) e de Sofia Leitão & Henry Nesbitt (n.1971 & n.1969), para depois acelerarmos com SINGULAR PACE, exposição com a qual entramos em 2019 e que reúne propostas de 19 jovens artistas ligados à Faculdade de Belas Artes de Lisboa.
Levamos Cris D.K. (n.1978), Pedro Santos Silva (n.1980), R. Gritto (n.1976), Raquel Felgueiras(n.1982), André Castanho Correia (n.1988), Florisa Novo Rodrigues (n.1991), Lauren Maganete (n.1970) e Elizabeth Leite (n.1982) a viajar por mostras em espaços parceiros. Os artigos na Revista RUA, por Helena Mendes Pereira, as crónicas no Onde Ir da Catarina Martins e os vídeos e novidades que Vanessa Ribeiro faz chegar ao mundo, através das redes sociais, são exemplos de destaque de tantos outros artistas.
Em 2018 o espaço público acolheu-nos: primeiro na resposta a um desafio do Município de Braga, para pensarmos uma pintura sobre mural para o skatepark do renovado Parque Desportivo da Rodovia. Ricardo Pistola (n.1980) foi o intérprete da nossa resposta e o desenho feito no ar por todos aqueles que deslizam naquele pano de fundo, prolongamento do movimento dos corpos, intensifica a poesia das cores e da ilusão geométrica criada.
Em Outubro desafiámos quatro artistas a produzir obras de Arte, com e para cidade, partindo de resíduos industriais. Ana Almeida Pinto (n.1982), Hernâni Reis Baptista (n.1986), Miguel Neves Oliveira(n.1980) e Rute Rosas (n.1972) engrandeceram a nossa demanda: o Simpósio ARTE&SUSTENTABILIDADE. Este projeto do dstgroup foi materializado pela zet gallery em parceria com a Câmara Municipal de Braga e com o Instituto de Ciência e Inovação para a Bio-Sustentabilidade da Universidade do Minho. As peças ganharam escala e foram alvo de complexos processos de produção que envolveram empresas e colaboradores do dstgroup. Levámos o conceito a escolas locais e ao Estabelecimento Prisional de Braga: perante a dimensão do trabalho levado a cabo nas tutorias pedagógicas por Luís Canário Rocha (n.1986) e Ricardo de Campos (n.1977), o sentimento é de dever cumprido. O necessário debate público, inserido nesta programação, antecedeu a inauguração das novas obras de arte da cidade: Do Tempo, no Espaço, uma ponte, um apelo. Contigo ou sem ti., de Rute Rosas, no Parque da Ponte e Janelas Abertas, de Miguel Neves Oliveira na Rotunda das Bretas. A sede do dstgroup acolheu a Ana Almeida Pinto e o Hernâni Reis Baptista que se juntaram a um espólio de mais de 800 peças inventariado pela zet gallery.
Nestas duas semanas, Braga tornou-se na única cidade portuguesa com uma obra de Julian Opie(n.1958), um dos artistas britânicos mais prestigiados da atualidade. Ao ritmo apressado de Teresa., implementada no espaço exterior ao Altice Forum Braga, corremos a agarrar 2019. Cinco anos após o primeiro dia, a zet gallery andará por mares nunca antes navegados para deixar a sua marca no universo da Arte contemporânea, de olhos postos no futuro.