Filipe Rodrigues desenha e pinta compulsivamente. Quase como se a sua respiração dependesse daquela motricidade. Não obstante, há na sua pintura uma coerência programática e de linguagem, cujos denominadores comuns se estendem à paleta proveniente do universo da pop; à prevalência do figurativo d...
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Filipe Rodrigues desenha e pinta compulsivamente. Quase como se a sua respiração dependesse daquela motricidade. Não obstante, há na sua pintura uma coerência programática e de linguagem, cujos denominadores comuns se estendem à paleta proveniente do universo da pop; à prevalência do figurativo de combinação do corpo com a paisagem, numa dimensão que oscila entre a urbanidade, os detalhes de situação, o universo do cinema e os desejos de consumo da sociedade pós-moderna; à grande importância do desenho, que toma os vazios, criando camadas interpretativas e de relação a uma outra dimensão da cultura pop que é a do tradicional ou rural; e, por fim, no enorme cuidado para que, na densidade do representado, haja uma sugestão narrativa que parece ser expressão do submundo interior do artista. Com a sua linguagem pictórica, Filipe Rodrigues procura contar-nos uma estória.
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