Intervenção plástica sobre um álbum, em que recolhi alguma vegetação da casa de praia e a inseri em pequenas janelas transparentes, hermeticamente fechadas. Neste livro a intenção consistiu em guardar a matéria viva que fez parte da minha existência em determinado momento e a preservo num objecto artístico para um tempo futuro. Este livro insere-se, pois, numa visão da arte conceptual de Duchamp, em que o objecto do quotidiano se descontextualiza e passa a ser objecto de arte. As obras já não representam, mas presentificam. Para além da plasticidade que o livro apresenta, o livro aqui representa um testemunho de uma existência, colocando algumas questões como a noção do tempo, a existência no planeta terra, a complexidade da natureza, entre outros.