A rua é o espaço de encontro obrigatório dos corpos, onde a presença do outro afeta a paisagem. Quando nos deslocamos, desviamos dos carros, dos postes e dos corpos: o figurativo perde-se nas abstrações do caminho.

Capturo imagens em movimento. Uma vez capturadas, as figuras humanas e as texturas da rua viram meios de investigação e produção. E então surge outra etapa: a manipulação imagética. Simulo o ato de recortar e de colar, criando janelas de significação nas imagens, desobstruindo-as.

Os corpos das colagens são corpos transitáveis e transitórios, as silhuetas destacam o fluxo – e a aparição de novas fronteiras.

Sobre estar fora do corpo, sobre estar fora de casa.

Cada peça individualmente custa 800€