O conjunto de pinturas, técnicas mistas sobre tela, que Ricardo de Campos (n.1977) expõe na zet gallery são resultado da expressão social do seu trabalho ao longo dos últimos anos que tem na mulher e nos seus desafios a sua essência. Lado a lado, o ser sexual e o ser doméstico provocam o espetado...
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O conjunto de pinturas, técnicas mistas sobre tela, que Ricardo de Campos (n.1977) expõe na zet gallery são resultado da expressão social do seu trabalho ao longo dos últimos anos que tem na mulher e nos seus desafios a sua essência. Lado a lado, o ser sexual e o ser doméstico provocam o espetador. Há desejo e há trabalho; há prazer e há tarefa. No vigor neoexpressionista e experimental que caracteriza a sua obra, Ricardo de Campos é, também, um agregador de resquícios do têxtil e um provocador descomplexado. Há palavras de ordem e há o desenho que se assume, em propostas cada vez mais depuradas e sem medo do erro. A narrativa interrompe-se com a sacralização da queda ou perda do poder totalitário de outrora, tema de profunda atualidade quando o país prepara a musealização do legado do homem por detrás do tempo do medo.