A obra “Desilusão dos caminhos dourados I”, do ano de 2021, modelada em grés, pela técnica da lastra e cozedura a 1270ºC em forno de lenha, num suporte de madeira, faz parte de um registo sobre as montanhas e seus caminhos. Baseada nos obstáculos da vida, no imaginário e percursos a pé pela autora.
“Sofia Beça é uma intérprete da terra e traduz esse modo de ver e sentir num corpo coerente de trabalho em cerâmica, repleto de referenciais botânicos, mas também de formas abstratas que vêm com a sua imaginação. Interessa-nos o facto de unir saber fazer com saber pensar e, sobretudo, saber sentir. Faz parte de uma geração de artistas que recuperou a cerâmica para as artes maiores, fazendo dela obra de arte plena, muito para lá da dimensão decorativa convencional.”