Nasci em Coimbra, com um sinal de nascença na perna. Que se tornou assinatura das montanhas imaginárias desenhadas pelas revoadas dos pombos-correio. Que é uma forma de falar da nossa elasticidade. Renasci em 1991 no Brasil, com a cicatriz de um naufrágio. Que me transformou n...
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Nasci em Coimbra, com um sinal de nascença na perna. Que se tornou assinatura das montanhas imaginárias desenhadas pelas revoadas dos pombos-correio. Que é uma forma de falar da nossa elasticidade. Renasci em 1991 no Brasil, com a cicatriz de um naufrágio. Que me transformou numa pessoa-navio por um fenómeno de ressurgência oceânica. Iniciei um projeto artístico quando regressei a Braga em 2001. Orientado por preocupações ecossociais. E tendo a casa como suporte. A partir de duas aulas fundadoras desenvolvi uma perspetiva artística pessoal. Encarnada num eixo de dobradiça que encontrei num pedaço de madeira à deriva. Um mestre japonês que num sonho revelador me mostrou com as próprias mãos como conjugar a diversidade e o ritmo. E uma mestre ocidental em carne e osso que tornou manifesto o entrelaçamento conceptual e poético invisível. O meu trabalho constitui um todo indissociável, enquadrado por uma perspetiva experimental museológica. Onde assumo o papel de Fjording Museum Beekeeper.