Damien Hirst e o formol

Um artigo científico publicado em 2012, que reivindicava que as obras da exposição de Damien Hirst na Tate Modern estariam a libertar vapores prejudiciais para a saúde dos visitantes, foi agora retirado por um dos seus autores. O relatório, elaborado à época, alegava que os níveis de gases na exposição patente no mais emblemático museu britânico de arte moderna, que incluía animais conversados em tanques gigantes de formol, eram superiores aos legalmente permitidos.

Após a notícia da utilização prejudicial do material químico ter alarmado todo o Mundo, foi lançada uma investigação oficial para testar os níveis de gases concentrados, que acabou por  concluir que as obras de Hirst não constituem qualquer risco para as pessoas.  A conclusão levou agora um dos autores do estudo publicado na Royal Society of Chemistry’s Analytical Methods Journal a ter que admitir publicamente que o artigo foi impreciso e não confiável.

Durante o período em que as obras estiveram sob investigação, o artista britânico mostrou-se sempre disponível para cooperar, permitindo a análise de outros trabalhos nos quais utiliza também a técnica da conservação em formol. Apresentado o resultado, sabe-se que todas as obras mostraram presença de formol inferior a 0,1 ppm (partes por milhão), sendo o nível de exposição máximo recomendado ao abrigo da legislação de 2 ppm.

A retrospetiva de Damien Hirst foi a exposição a solo mais visitada da Tate Modern, bem como a segunda mais visitada de toda a história da Galeria. A mostra incluía um tubarão suspenso em formol, denominado The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living. 

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Damien Hirst

 

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