Florisa Novo Rodrigues

Mapa mental 2, 2012

Florisa Novo Rodrigues (n. 1991): nasceu em Viana do Castelo, onde vive e trabalha. Tem raízes em Guimarães e foi também nesta cidade que completou a licenciatura em Arquitetura, pela Universidade do Minho. A arquitetura é, de resto, a maior fonte de inspiração para os cenários que cria nas ilustrações em que combina a colagem (física e não digital) e o desenho de traço, simultaneamente, rigoroso e delicado.

No edificado e, em concreto, na série de trabalhos apresentados nesta exposição, o olhar da artista recai sobre a passagem do tempo e sobre as possibilidades de representação que, a partir daí, se abrem ao campo interpretativo.

Na quinta exposição em que marca presença como artista shairart, o seu foco são os edifícios (esquecidos) dos cinemas Geraldo (Braga), Odeón (Lisboa), Londres (Lisboa), Batalha (Porto) e Europa (Lisboa), numa inscrição perfeita que faz, por antecipação e antítese (considerando-se o desenho e a colagem como velhos media) à pertinência de, no próximo ano, Braga ter a media art no foco da sua programação cultural.

A estes somam-se outras paisagens e memórias (reais ou imaginadas). O universo pop, em referências e citações facilmente identificáveis, soma-se a estes pequenos objetos plenos de sensibilidade e força.

Florisa Novo Rodrigues toma como referência, para o trabalho agora apresentado, os artistas e intelectuais Neil Krug, Pablo Thecuadro e Bruno Munari. Expõe, coletivamente, desde 2014 e tem merecido boas críticas de diversos colecionadores shairart que encontram no seu trabalho uma delicadeza em contraste com o tempo em que vivemos.

Helena AM Pereira
chief curator da shairart

 

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