A tradição da pintura a aguarela

A pintura a aguarela é uma das mais belas e mais antigas vertentes da criação artística. Supõe-se que o seu aparecimento seja paralelo à invenção do papel e dos pincéis de pêlo de coelho, há mais de 2000 anos, ainda que só em 1550 John White, incumbido de registar os costumes e vidas do Novo Mundo na expedição de Sir Walter Releigh, seja apelidado o seu grande impulsionador.

No séc. XVIII a pintura a aguarela passou a ser reconhecida como a “Arte Inglesa”, surgindo nomes como Alexander Cozens, William Blake, John Constable e o incontornável William Turner, que produziu cerca de 20.000 aguarelas, ganhando assim o título de maior aguarelista de sempre.

Para o caso de precisar de inspiração, preparámos uma lista com as mais memoráveis pinturas a aguarela:

Albrecht Dürer

Ainda que a sua invenção seja muito anterior a essa época, a grande expansão das aguarelas deu-se durante o período do Renascimento. Albrecht Dürer foi o mais influente pintor do Renascimento Nórdico, e considerado como o grande mestre da técnica de aguarela, principalmente no que respeita à representação de paisagens.

Dry dock at Hallertürlein, Nuremberg - pintura a aguarela

Dry dock at Hallertürlein, Nuremberg

J.M.William Turner

William Turner é considerado por muitos um dos percursores da modernidade na pintura, graças aos seus estudos sobre a relação da cor e da luz. Turner foi um artista bastante arrojado, tendo criado mais de 500 pinturas a óleo, 30000 desenhos em papel e 2000 aguarelas.

Venice, Looking East from the Guidecca: Sunrise - pintura a aguarela

Venice, Looking East from the Guidecca: Sunrise

James McNeill Whistler

Mundialmente conhecido pelo retrato que pintou da sua própria mãe, James McNeill Whistler foi outro pintor americano, ainda que estabelecido no Reino Unido, que explorou amplamente o potencial da pintura a aguarela.

Fighting Peacocks - pintura a aguarela

Flower Market

Winslow Homer

Possivelmente o mais importante aguarelista do séc. XIX, Homer representou nas suas pinturas paisagens e momentos quotidianos da América da época. A acreditação que o pintor deu à pintura com aguarela levou muitos artistas contemporâneos a quererem experimentá-la também.

Blue Boat - pintura a aguarela

Blue Boat

Paul Klee

Faseadamente adepto do expressionismo, do cubismo e do surrealismo, Klee era um ás do desenho, que explorou e manipulou ao pormenor a cor. Tendo igualmente trabalhado o abstrato, esta é a fase em que Klee recorre à pintura a aguarela. As suas obras refletem o seu humor seco, e, muitas vezes, a sua perspetiva infantil.

Garden of the European Colony of Saint-Germain in Tunish - pintura a aguarela

Garden of the European Colony of Saint-Germain in Tunish

Edward Hopper

O pintor e ilustrador norte-americano é famoso pelas misteriosas pinturas de representações da solidão contemporânea. Fortemente influenciado por Freud e Bergson, Hopper utiliza recorrentemente paisagens urbanas, num sentido inverso ao esperado. Em vez da azáfama característica do cenário urbano, as cenas são dominadas por um “silêncio” quase perturbador. Na aguarela, o artista estava interessado em explorar as características da luz.

Sun on Prospect Street - pintura a aguarela

Sun on Prospect Street

Andrew Wyeth

O pintor contemporâneo americano recorre muitas vezes à aguarela de ponta seca, onde pouquíssima água é utilizada. Filho de Andrew Wyeth, e neto de N.C. Wyeth, ambos pintores americanos muito apreciados, Wyeth procura reproduzir a realidade com extrema exatidão.

Olsen's - pintura a aguarela

Olsen’s

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