Falar da obra de Ramón Peralta é falar sobre relações de poder. Por intermédio da fotografia zen e da colagem desenvolve trabalhos onde o colonialismo, as patologias traumáticas da infância, a mulher fatal e o desejo sexual são temáticas centrais.
A oportunidade de viver for...
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Falar da obra de Ramón Peralta é falar sobre relações de poder. Por intermédio da fotografia zen e da colagem desenvolve trabalhos onde o colonialismo, as patologias traumáticas da infância, a mulher fatal e o desejo sexual são temáticas centrais.
A oportunidade de viver fora do México deu-lhe um outro olhar sobre a contemporaneidade. Prova disso são as relações culturais que explora nas suas colagens: das Odes à mulher portuguesa, da representação de escravos coloniais à filatelia vintage. Ainda que encontre inspiração na obra de grandes mestres como Tarkovsky, Altamina e Beuys, é no sentido de cor dos povos originários do México que procura o seu fio condutor.
Paralelamente ao trabalho plástico, Ramón publicou já três livros de poesia e um romance.
“A inspiração é constante, tudo pode fazer parte de uma obra. Está sempre presente quando ficamos com o olhar aberto. As vezes é tão variada que tenho que deixar de parte alguns projetos, como a cerâmica.”