É um facto psicológico e uma virtude moral. Como facto, é a conformidade dos actos e das palavras com a vida interior. Como virtude, é o amor ou respeito pela verdade.
Estar de boa-fé não é dizer sempre a verdade, porque podemos enganar-nos, é dizer, pelo menos, a verdade acerca do que acreditamos. É o que se chama de sinceridade e o contrário da mentira, da hipocrisia, da duplicidade, em suma, de todas as formas de má-fé.
Assinalar a verdade a quem não a pediu, a quem não a pode suportar, àquele que dilacera ou esmaga, não é boa-fé, é brutalidade, insensibilidade e violência, porque a verdade não substitui tudo.
A boa-fé não proíbe o silêncio, mas a mentira aos outros e a si próprio.
Virtude sem boa-fé é má-fé e não é virtude.