Talvez tenha Valter Hugo Mãe (AO, 1971), escritor que dispensa apresentações, antecipado uma realidade para a qual parece termos despertado em plena pandemia: para quem é velho, sê-lo significa, em muitos casos, ser um fardo; para quem não é, também. Mas será este o ponto de e...
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Talvez tenha Valter Hugo Mãe (AO, 1971), escritor que dispensa apresentações, antecipado uma realidade para a qual parece termos despertado em plena pandemia: para quem é velho, sê-lo significa, em muitos casos, ser um fardo; para quem não é, também. Mas será este o ponto de encontro único entre as diferentes gerações? A intensidade e a genialidade do romance “a máquina de fazer espanhóis” questiona-nos sobre este desfasamento geracional e sobre a forma como a palavra abandono passou a fazer parte do fim de vida de quem dedicou a sua aos outros e é possuidor de conhecimento que nem sempre vem nos livros ou se encontra no Google.
Helena Mendes Pereira