Nas últimas exposições tenho retratado paisagens imaginadas, fazendo alusão ao som de lugares bem distantes das cidades, que se pode aproximar a um quase silêncio. A procura incessante de lugares onde se possa por momentos "estagnar o tempo" em contradição ao ruído e enredo da...
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Nas últimas exposições tenho retratado paisagens imaginadas, fazendo alusão ao som de lugares bem distantes das cidades, que se pode aproximar a um quase silêncio. A procura incessante de lugares onde se possa por momentos "estagnar o tempo" em contradição ao ruído e enredo da vida citadina. A sensação de silêncio e uma quase contemplação é-nos transmitida pela composição estática da pintura e pelos cenários bucólicos. Os materiais utilizados são pigmentos naturais (realizados por mim e trazidos de países diferentes), tinta da china, alguns riscadores e anilinas sobre papel.
A procura destes cenários e envolvências surgem de um trabalho que tenho vindo a desenvolver nos últimos anos que abordam questões que se relacionam com o Ser Humano e a sua distância cada vez maior da Natureza, a brutal diminuição do espaço desta em detrimento do asfalto e betão e a urgência de uma REconsciência que precisamos dela para sermos plenos.